O que e arte?
Introdução
Sem possuirmos uma definição clara de lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como sendo “arte” (a palavra cultura É empregada não no sentido de aprimoramento individual do espírito, mas do “conjunto complexos dos padrões de comportamento, crenças, instituições e outros valores espirituais e matérias transmitidas coletivamente e característicos de uma sociedade”, para darmos a palavra ao Novo Aurélio). Além disso, a nossa atitude diante da idéia “artes” ´admiração: sabemos que Leonardo ou Dante são gênios e < de antemão, diante deles, predispomo-nos a tirar o chapéu.
É possível dizer, então, que arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento de admiração, isto é: nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia.
Não se discute que O Davi de Michelangelo é arte, no entanto se analisarmos o celebre artista Marcel Duchamp, quem entra suas obras esta um aparelho sanitário, um objeto que não corresponde exatamente as noções gerais de arte.
Essa situação nos mostra que, se a artes é noção solida e privilegiada, ela possui também limites imprecisos. É a questão há pouco proposta – como saber o que é ou não obra de arte se impõe.
Para decidir o que é ou não arte, nossa cultura possui instrumentos específicos. Um deles, essencial, é o discurso sobre o objeto artístico, proferem o critico, o historiador da arte, o perito. São eles que conferem o estatuto de arte a um objeto.
Esse estatus de arte não parte de uma definição, abstrata, lógica ou teórica, do conceito, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura.
A Instauração da Arte e os Modos do Discurso
A rate instala-se em nosso mundo por meio do aparato cultural que envolve os objetos, limitemo-nos a constatar eles permitem a manifestação do objeto artístico ou, mais ainda, dão ao objeto o estatuto de arte, exemplo: a galeria