O Que Os Jovens De Hoje Esperam Do Seu Futuro
Cada idade tem sua sabedoria. Aprendemos a valorizar os idosos, por exemplo, porque nos fazem viva a memória de nosso passado, com os valores vividos e que nos servem de referência. A juventude também tem a sua sabedoria. Um exemplo é a facilidade que os jovens têm para lidar com os novos meios eletrônicos, com as novas tecnologias.
O próprio Papa Paulo VI já dizia, em 1971, que devemos ouvir a sabedoria dos jovens: “é conveniente até que certos jovens sejam mestres e educadores dos seus companheiros. A sua idade permite-lhes assimilar novos tipos de cultura e comunicá-la aos da sua geração”. Neste sentido, a sabedoria dos jovens corresponde a uma utopia que nos faz olhar para o futuro, a uma projeção do que desejamos. É preciso olhar com cuidado para a juventude. Nela, a realidade social e os dramas da condição humana estão presentes de forma mais intensa. É a ponta do iceberg. Como diz a socióloga Marília Spósito, “o modo como uma sociedade olha a juventude é uma metáfora do modo como ela olha para si mesma”.
Que geração é essa?É fato que mudou muito o jeito de ser adolescente de algumas décadas para cá. Na verdade, mudou porque o mundo mudou e mudamos todos nós. São mudanças que trazem perdas e conquistas. Se, por um lado, ganhamos em liberdade e pragmatismo, por outro, perdemos em idealismo e encantamento. Uma das características desta geração (anos 2000), fruto da revolução tecnológica, é o desejo de fazer tudo-ao-mesmo-tempo-agora: estudar, ouvir música, vasculhar a internet. Também conhecida como geração Z - de zapear -, esta geração é formada por nativos digitais, que já nasceram num mundo marcado pela internet. Não imaginam a vida sem computador, chats, redes de relacionamento, ipods ou telefones celulares.
Sempre conectados, em geral são mais informados e com interesse por diversos assuntos. São capazes de conectar-se com uma vasta rede, mas sem profundidade. A velocidade é tão grande que refletem pouco