O que mudou desde a Copa de 1950
Em 1950, por exemplo, não existia televisionamento nem apoio de patrocinadores, fornecedores multinacionais de material esportivo, direitos de transmissão, bola com chip. Fora de campo, os brasileiros dos anos 1950 elegeram, com 48,7% dos votos, Getúlio Vargas para o cargo que ele já ocupara como ditador entre 1930 e 1945, a Presidência da República. O grande debate político da época era a criação, ou não, de uma empresa estatal para a exploração do potencial de petróleo do país. “O petróleo é nosso” era o slogan dos nacionalistas.
A Petrobras foi criada em 1953 e hoje é uma das líderes globais no desenvolvimento de tecnologias para a exploração de óleo em águas profundas, com uma capacidade de produção de 2 milhões de barris diários e com projeções de dobrar esse patamar até o final da década, com a exploração de petróleo na camada do pré-sal.
A economia brasileira em 1950 cresceu 6,8% e chegou a um PIB de R$ 234,7 bilhões – em valores corrigidos para preços de 2012. A agricultura, que respondia por 25% da economia do país, hoje responde por apenas 5,24%. Apenas 36,2% da população vivia em cidades, havia 521 mil linhas de telefones em operação, mas a rede ferroviária, com seus 36.681 quilômetros, era maior do que a atual (veja quadro “O Brasil de 1950 e o de hoje”). Em nenhuma outra década do século XX a população brasileira cresceu tanto quanto no período 1950-1960: um crescimento em torno de 35%, com o número de habitantes aumentando de 52 milhões para 70 milhões.
Entre o início da década de 1950 e a década atual foram inúmeras as mudanças ocorridas no país: houve a instalação e o desmonte de uma ditadura militar, que duraram 21 anos, e depois a implantação de um Estado de Direito e de uma nova Constituição. O país foi