na trave
Na trave
Como grande parte da população que possui acesso à informação deve saber, a Copa do Mundo de 2014 será sediada no Brasil e esse não é nenhum motivo de festa ou comemoração, isso porque são vários os aspectos negativos desse grandioso evento. Estádios não terminados fazem parte de apenas um tópico de descontentamento público, o problema vai muito além disso.
Desde 1950, data da primeira vez que os jogos ocorreram em nosso país, muita coisa mudou. Se compararmos os valores gastos na construção dos estádios da época para os de agora, percebemos uma diferença de custo 50 vezes maior nesse ano. A obra total na metade do século XX custou R$437,5 milhões, segundo o livro “1950: O preço de uma Copa”, enquanto hoje, somente a reforma do Maracanã custou R$1,4 bilhão, o dobro do valor inicial de R$707 milhões, desfalcando os cofres públicos.
Outro ponto a ser destacado são as revoltas populares ocorrendo por todo o Brasil. Desde 2013 a população foi às ruas reivindicando seus direitos básicos como saúde, educação e segurança. Hoje, há insatisfação com os gastos exacerbados e a revolta faz com que diversas manifestações ocorram, deixando claro que o povo cansou do descaso por parte do governo, e que mesmo nosso craque Ronaldo dizendo: “Não se faz Copa com hospitais”, a precariedade da saúde pública é alarmante. Segundo o site Estadão, 581 pessoas morreram apenas na cidade de Bauru, interior de São Paulo, desde 2009 até 2013, no aguardo de atendimento ou remoção para leitos, por falta de vaga. Atualmente, o país ocupa a 85ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e possui cerca de 9% da população analfabeta, segundo a ONU, que por sua vez é apenas um dado estatístico, tendo em vista o tanto de analfabetos funcionais presentes em nossa sociedade. Em suma, se parte do dinheiro gasto de forma abundante nas obras fosse investido em melhorias para sua própria população, o Brasil