A comparação das copas

O Brasil foi palco da Copa do Mundo de 1950 e 64 anos depois voltou a receber o maior torneio do futebol. Desde então, a população mundial quase triplicou e o mundo mudou muito, em todas as áreas. Países relevantes sequer existem mais, enquanto outros foram criados, reconhecidos e hoje desfilam suas camisas pelos gramados. Quando o Brasil sediou a Copa em 1950, o clima de mudanças no mundo era palpável. Há pouco tempo o mundo tinha acabado de presenciar o fim da Segunda Guerra Mundial – guerra esta que deixou um rastro de destruição na Europa. Um dos reflexos desse cenário se refletiu no baixo número de times participantes do campeonato.
A Iugoslávia é um exemplo de seleção que jogou a Copa de 50, mas não existe mais devido a conflitos sangrentos na década de 1990 e sucessivas separações. No lugar da grande nação, surgiram outros países, dois dos quais jogaram a Copa de 2014: Bósnia-Herzegovina e Croácia, países hoje independentes. Em 50, nenhum país africano e nem a União Soviética (extinta desde 1991) participaram do Mundial. Porém, em 2014, a Rússia – parte principal do bloco comunista – participou da Copa, assim como os países africanos Gana, Costa do Marfim, Argélia, Nigéria e Camarões. Vale ressaltar que nenhum desses países da África eram independentes quando o Maracanã, lotado, foi silenciado depois do gol de Ghiggia aos 33 minutos do 2º tempo que garantiu a vitória do Uruguai em cima do Brasil em 16 de julho de 1950 e, segundo Nelson Rodrigues, inaugurou o “complexo de vira-latas” do povo brasileiro.
O futebol já era o esporte prevalecente em 1950. Desde então, a “marca” Copa do Mundo só cresceu e a cada novo sorteio para o país-sede ocorre uma verdadeira competição entre governos para mostrar à FIFA o quão habilitado seu país está para recepcionar um dos maiores eventos do esporte.
Em 1950, foram 6 cidades-sede: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba (, Porto Alegre e Recife. Essa foi a primeira Copa onde houve números identificando