O que levou a Revolução Francesa
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A Revolução Francesa deve ser considerada como modelo de processo pelo qual a burguesia irá construir as bases de sua dominação jurídica-política. Sua fórmula de unir as camadas burguesas ao proletariado foi repetida em todas as revoluções que varreram a Europa Ocidental até a metade do século XIX, destruindo o Antigo Regime estabelecendo o Estado Liberal como base para a dominância da forma capitalista de produção que mantinha a burguesia como classe dominante. De uma forma ou de outra está revolução condicionou os acontecimentos posteriores, de tal sorte a chegar aos nossos dias, com ideais e estatutos jurídicos que inferem no mundo, sobretudo o Ocidental. Suas criações e seus princípios norteadores ainda geram modelos políticos que varrem o planeta, desde os acontecimentos no Oriente Médio, aos do norte da África, aparecendo ainda na América Latina como contraponto ao autoritarismo. A Revolução Francesa foi um período agitado em relação a parte política e social na França, teve um impacto histórico duradouro no país e em toda a Europa. Sob ataques sustentados por grupos políticos de esquerda, camponeses e a massa nas ruas, privilégios feudais, aristocráticos e religiosos se dissiparam e a sociedade francesa passou por uma colossal transformação. Antigas tradições de hierarquia monárquicas, aristocráticas e da Igreja Católica foram subitamente demolidas pelos novos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. Durante toda a etapa anterior a Revolução Francesa, a situação geral da França era desastrosa, sucessivas crises se abateram sobre a França, era uma economia abafada pela concorrência inglesa e balançando ao sabor de suas próprias contradições. O sistema de produção ainda era arcaico e dependente de manufatura das corporações de oficio, ele era capaz de sustentar todo o fluxo de mudanças verificadas a partir do inicio do século XVII. Era um estado de base feudal com características de transição econômica bastante nítida