O público e o privado na gestão pública

O Público e o Privado na Gestão Pública

Fazendo a leitura dos dois autores, Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro, e do Professor Aragon Érico Dasso Júnior, pode-se perceber maior número de divergências do que alguma convergência.
Para Luiz Carlos Bresser Pereira a Reforma Gerencial Brasileira em todos os seus artigos trouxe enorme contribuição para o desenvolvimento do país. Adotando modelos de gestão privada, como a própria inclusão do princípio da eficiência. A contratação de servidores através de regime celetista, possibilidade de demissão do servidor, entre outros. Bresser por ter passado sua vida administrando empresas privadas, viu no estado uma forma de adaptação de alguns conceitos que para as empresas privadas serviria para obter lucro e satisfação dos clientes, isso transportado para a realidade da máquina pública.
Para Aragon Érico Dasso Júnior, a reforma gerencial se caracterizou como ultraliberal, pois visava praticamente acabar com as funções do estado. Segundo ele a reforma acabaria por privatizar todos os serviços públicos, ficando o estado quase como uma figura inútil. Dasso enfatiza em seu texto que a forma como foi conduzida a aprovação da reforma foi totalmente equivocada. Pois quando se opta por uma mudança de tal importância, que afetará toda a população quer sejam servidores públicos ou não, o mínimo que se faz é uma consulta popular, através de plebiscito ou referendo, ou mesmo uma audiência pública, porém segundo Dasso, nada disso ocorreu. Simplesmente elitizaram as decisões. Apenas um pequeno grupo da mais alta sociedade opinou sobre os artigos da proposta da reforma, deixando de lado a opinião do povo.
Outro ponto muito comentado por Dasso, que causou um grande déficit democrático, ou seja, um retrocesso na economia do país foi a descentralização dos serviços sociais, conforme BESSER (1999): Uma característica essencial da reforma do Estado brasileira, prevista no Plano Diretor mas anterior a ele, como também o é a