O psicológico negro em "moleque ricardo"
O PSICOLÓGICO NEGRO EM “O MOLEQUE RICARDO”
Guarabira, outubro de 2006
Introdução
O que pretendemos com este trabalho é instigar o debate e a reflexão torno da problemática do negro do espaço escolar e na sociedade, além de sugerir alternativas para resolução deste dilema na 5ª Série do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Lins do Rego, Pilar-PB. No nosso entender, baseado no que temos visto e presenciado, a escola ainda é incapaz de solucionar e combater o preconceito racial, uma vez que o próprio corpo docente perpetua a discriminação. Assim, a Literatura pode e deve ser estudada e analisada como veículo de mudança social, conscientizando o indivíduo do seu papel na sociedade. Por isso, a obra “O Moleque Ricardo”, do referendíssimo escritor pilarense José Lins do Rego, nos leva a pensar profundamente no caos psicológico que o preconceito provoca na mente humana. A Literatura verdadeiramente é uma porta aberta à Psicologia, ciência que estuda os distúrbios comportamentais e mentais do homem, deveria estar engajada na escola. Pois, o que detectamos dão professores estressados e alunos problemáticos. O conhecimento da Psicologia conduziria, principalmente, o professor na compreensão dos sentimentos e frustrações dos seus alunos. Pois, a criança negra já nasce em meio ao preconceito, absorvendo a sua história como algo vergonhoso. A história de certa forma o pune, porque registra na mente do negro os pejorativos negativos, mostra o estereótipo da limitação desse povo, tanto culturalmente como psicologicamente. É por esta razão que se justifica uma reflexão coletiva a respeito dos fatores psicológicos incutidos na mente do negro e o papel na educação dos alunos. Para isso, primeiramente, o professor deve se humanizar em sala de aula. Esta é a principal meta deste estudo, provar que a escola deve inverter no território das emoções e não apenas, nos conteúdos