O mundo de sofia
José Lins do Rego. José Lins do Rego | O jovem José Lins aos dezessete anos, em 1918. | Nascimento | 3 de junho de 1901
Pilar, Brasil | Morte | 12 de setembro de1957 (56 anos)
Rio de Janeiro, Brasil | Nacionalidade | Brasileiro | Ocupação | Escritor e jornalista | Gênero literário | Regionalismo | Movimento literário | Modernismo (Segunda Geração) | Magnum opus | Fogo Morto | | |
José Lins do Rego Cavalcanti (Pilar, 3 de junho de 1901 — Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1957) foi um escritor brasileiro que, ao lado de Graciliano Ramos e Jorge Amado, figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiosos da literatura nacional.[1] Segundo Otto Maria Carpeaux, José Lins era "o último dos contadores de histórias."[2] Seu romance de estréia, Menino de Engenho (1932), foi publicado com dificuldade, todavia logo foi elogiado pela crítica.[3]
José Lins escreveu cinco livros a que nomeou "Ciclo da cana-de-açúcar", numa referência ao papel que nele ocupa a decadência do engenho açucareiro nordestino, visto de modo cada vez menos nostálgico e mais realista pelo autor: Menino de Engenho, Doidinho (1933), Bangüê (1934), O Moleque Ricardo (1935), e Usina (1936). Sua obra regionalista, contudo, não encaixa-se somente na denúncia sócio-política, mas, como afirmou Manuel Cavalcanti Proença, igualmente em sua "sensibilidade à flor da pele, na sinceridade diante da vida, na autenticidade que o caracterizavam."[4]
José Lins nasceu na Paraíba; seus antepassados, que eram em grande parte senhores de engenho, legaram ao garoto a riqueza do engenho de açúcar que lhe ocupou toda a infância. Seu contato com o mundo rural do Nordeste lhe deu a oportunidade de, nostalgicamente e criticamente, relatar suas experiências através das personagens de seus primeiros romances. Lins era ativo nos meios intelectuais. Ao matricular-se em 1920 na Faculdade de Direito do Recife, ampliou seus contatos com o meio