O príncipe
1. RESUMO DA OBRA “O PRÍNCIPE”
A referida obra foi escrita por Nicolau Maquiavel durante o século XVI para ser entregue ao nobre Lorenço de Médicis, pela qual Maquiavel, de acordo com a dedicatória, deseja presentear o Príncipe com aquilo que considera ser mais estimado: a sabedoria.
O autor inicia sua obra diferenciando as espécies de principados, os quais podem ser hereditários ou novos. Nos principados hereditários, o poder é mantido em uma mesma família, passando de geração para geração, no qual é mais fácil preservar o poder devido a uma questão de tradição. Por sua vez, os principados novos, os quais podem ser realmente novos ou advindos de anexação territorial, encontram maiores dificuldades, pois é necessário um uso maior de força para se manter a ordem inicialmente e, muitas vezes, não é possível manter alianças com outros principados que lhes ajudaram a obter o poder.
Ao decorrer do terceiro capítulo, Maquiavel expõe algumas regras que considera básicas para a manutenção do poder do príncipe em terras conquistadas. Usando de exemplos reais, ele acredita que, ao anexar uma nova região que seja da mesma província ou fale a mesma língua, a primeira coisa a ser feita é exterminar a linhagem do antigo príncipe e não alterar as leis. Mas, ao conquistar territórios com leis, hábitos e idioma diferentes, o príncipe deve contar com a fortuna e com a virtú, habitar o lugar conquistado, defender os menos fortes sem lhes dar nenhum poder, enfraquecer os poderosos, não permitir a entrada de um estrangeiro poderoso e instalar colônias. O autor também considera sábio o príncipe que não somente se preocupa com as desordens vigentes,