Atividade Física x Promoção da Saúde
"Toda parte do corpo se tornará sadia, bem desenvolvida e com envelhecimento lento se exercitadas; no entanto, se não forem exercitadas, tais partes se tornarão suscetíveis a doenças, deficientes no crescimento e envelhecerão precocemente." (Hipócrates)
Ao longo da história, a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade, associando-se a um estilo de época e sofrendo as conseqüentes transformações e adaptações: a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência; os gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito; as longas marchas e treinos das legiões romanas com fins militares. Mas essa relação entre a atividade física e o homem parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.
À medida em que as ciências e seus inventos facilitavam nossos afazeres, estabelecia-se uma situação um tanto dúbia. De um lado, temos a redução da mortalidade por doenças infecto-contagiosas aumentando a longevidade; do outro, o aumento de doenças "crônico-degenerativas" e a perda da qualidade de vida - porque o fato de viver mais não implica viver melhor.
Se a tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, e isso é inquestionável, ao mesmo tempo desencadearam uma epidemia de doenças silenciosas que se estabelecem sem maiores sintomas em suas primeiras fases mas que vão paulatinamente se desenvolvendo. Elas são identificadas como "doenças crônico-degenerativas", e têm suas origens em uma série de fatores como a predisposição genética, a influência do meio externo e os hábitos de vida - e, neste último, destacamos o grau de atividade física praticada.
Embora os exercícios se constituam quase numa "fórmula milagrosa" para se ter uma boa saúde, a maioria das pessoas mantém uma rotina marcada pelo sedentarismo. A desculpa mais freqüente é a falta de tempo ou a falta de condições para a prática de esportes ou exercícios. Essa situação é agravada pela economia de movimentos em nosso