O príncipe

O Príncipe

Prefácio:
Nicolau Maquiavel, nascido em Florença, Itália. Burocrata de 1º escalão era Secretário, o que detém e manipula os segredos do Estado. Perdeu suas funções executivas em 1512 com a queda do governo republicano e construiu sua teoria política a partir das experiências no trato da coisa pública e a observação do processo político seguindo a ética “virtú, fortuna e occasione”.
Virtú seria a qualidade que capacita os homens a realizarem grandes feitos, um pré-requisito da liderança que incentivava os homens a ir contra fortuna, contraposta a virtú; fortuna é o acaso, o fatalismo e necessidade natural. Virtu e fortuna são dois pólos entre os quais se desenrolava a ação política.
Resumo:
Os Estados existentes em 1513 eram principados ou repúblicas. Os principados tinham por característica principal ter o seu domínio marcado pela hereditariedade de uma longa linhagem, ou poderiam ser novos os comandos, quando anexados a outros domínios ou quando seu poder era tomado.
Maquiavel não pretendia discorrer sobre as repúblicas, apenas sobre os principados e como poderiam ser mantidos e governados. Quando o comando de um reino mudava, porém, continuava na mesma linhagem, as dificuldades eram bem menores a serem enfrentadas; desde que não transgredisse de forma bruta as tradições já presentes na cultura daquele povo. Deste modo, e desde que não seja ausente, o príncipe poderia se manter no poder tranquilamente a menos que fosse derrubado por força excepcional; da qual ainda poderia recuperar-se na primeira oportunidade que o usurpador oferecesse.
Dificuldades maiores estão presentes nas monarquias novas. Não se trata de um governo completamente novo e a mudança de governante é facilmente aceita, mas esperando melhorias; e essa esperança de melhora faz com que os vassalos ajudem um possível novo governador a se levantar contra o atual. Mas em maioria dos casos a mudança decorria para pior, pois, um novo monarca sempre quer impor sua nova forma de