o príncipe das marés
Análise do filme “O príncipe das marés” - psicanálise
PALMAS
2014
O filme “o príncipe das marés” relata a história de Tom, adulto que estava enfrentando uma crise familiar, com a esposa e a muito tempo com a mãe, o irmão tinha sido morto pelo governa e a irmã constantemente tentava se matar, ele vai conversar com a psiquiatra da irmã, “obrigado” pela mãe, e acaba entrando num processo analítico que o leva romance.
No início do filme, Tom diz assim, referindo-se à sua mãe: “Quando criança eu acha que ela era a mulher mais extraordinária do mundo”. Algo traumático acontece pois, algumas cenas depois, quando Tom está adulto, diz que odeia sua mãe, não a chama de mãe, e seu relacionamento com ela mostra-se sempre conflitivo, com brigas, gritos e provocações. Esse relacionamento ambivalente é criado por um trauma que o fez mudar sua visão em relação à sua mãe e a si mesmo.
Trauma é a uma “ruptura ou colapso que ocorrem quando apresentam-se subitamente ao aparelho psíquico estímulos poderosos demais para que com eles lide ou que sejam assimilados da maneira usual”, (MOORE e FINE, 1992, p. 215). E no caso de Tom, este trauma foi um evento específico, enquanto ele estava com sua mãe e sua irmã aprendendo a dançar, foi uma das poucas vezes em que se divertiu – relatou Tom à psiquiatra – entrou na casa deles três homens, um estrupou sua irmã, Savannah, outro estrupou sua mãe, Lila, o terceiro o estrupou. A demais disso, Tom relata que só queria morrer “principalmente quando viu o Loke”, seu irmão mais velho.
Essa situação para todos, foi algo que os deixaram sem reações, e para Tom, isso o paralisou, não só no momento como na vida, ou melhor dizendo, nesta fase, de 13 anos, e depois disso, eles não contaram a ninguém o ocorrido, não contaram pois a mãe os proibiu, e os fez disfarçarem tudo o que havia ocorrido, a vida de Tom passou a ser isto, sempre “disfarçar” o ocorrido, que vemos