Experiência emocional corretiva (ECC) em Príncipe das Marés
309 palavras
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Aproximadamente aos 35 minutos de filme há uma interessante EEC. Quando Tom está tentando explicar à terapeuta porque a mãe não merece a confiança nem dela, nem dele, nem de Savannah. Tom começa a relatar uma cena em que a mãe o chama para dizer que ele era o filho a quem ela amava mais, e pede que ele guarde isso como um segredo. Tempo depois ele decide compartilhar o segredo com os irmãos e é surpreendido pelo fato de que a mãe haverá dito o mesmo aos outros dois filhos. Na história de Tom isso foi significado com uma traição. Ao ser confrontado pela terapeuta, sobre porque está dizendo isso, ele insiste que está alertando sobre a mãe, mas acaba remetendo também à sua atual situação de marido traído. A terapeuta consegue ver a relação com clareza e o confronta sobre os sentimentos em relação à mãe e à mulher. Ela provoca nele uma “desorganização” de maneira que permitirá Tom reorganizar os afetos referentes àquelas situações, que para ele ainda estão nebulosos.
Outra situação de ECC é aproximadamente aos 66 minutos de filme, quando estão na casa de Tom vendo vídeos da família de Savannah, durante as filmagens eles são remetidos ao irmão mais velho, Lucke. A terapeuta pergunta sobre o que aconteceu, e então Tom conta como ele morreu (no caso foi assassinado). Ao falar da morte do irmão, a terapeuta o questiona sobre como ele lidou com o luto. Ele disse que lidou “à moda do Sul”, não chorou, porque aquilo não ia trazer o irmão de volta. Nessa hora, a terapeuta faz uma pontuação: “Não... Mas pode trazer você de volta”.