O professor-mediador e a video-tecnologia na educação
Jocyelma Santana dos Santos Martins de Oliveira[1]
Resumo:
Este estudo discute o uso do vídeo na sala de aula e a atuação do professor como mediador do conhecimento. Velhos modelos de educação baseados/centralizados na figura do professor, correm o risco de desvalorizar o conhecimento trazido pelo aluno. No aspecto da inovação e da quebra dos modelos verticais de ensino, a video-educação pode se transformar num valioso instrumento pedagógico, se o professor assumir a postura de auxiliar o aluno a apreender o conhecimento.
Palavras-chave: Professor – vídeo-educação - mediação
Introdução
A tecnologia está presente na sala de aula desde os seus primeiros modelos formais. Um exemplo: o quadro-negro. Por mais normal que ele pareça nos nossos dias (hoje, para muitos até ultrapassado), já foi considerado, no passado, como uma nova tecnologia. Possivelmente encontrou resistência, mas depois foi absorvido pelo cotidiano escolar. Talvez, de igual forma, as “atuais” novas tecnologias passem a ser vistas de modo tal a favorecer o processo de aprendizagem. Desde que, na opinião de vários autores (MASETTO, 2000; MORAN, 2000), o professor se insira como mediador[2] da aprendizagem, usando de forma pedagógica os instrumentos tecnológicos disponíveis no sistema educacional. O uso da tecnologia na educação levanta, em especial para este estudo, duas questões: como o professor pode/deve se posicionar frente às interferências destes meios na sua relação com o aluno e com o conhecimento? A educação, mediada por aparatos tecnológicos, se transforma ou depende de quem está inter-relacionado neste processo? São discussões que pretendemos apresentar ao longo desta análise.
Por onde começar?
O professor se vê rodeado, na sala de aula e fora dela, de novos equipamentos tecnológicos que carregam em si linguagens diferenciadas - diversas daquelas que ele está acostumado a utilizar, como a