O professor alfabetizador no contexto da alfabetização no brasil
RESUMO
As metodologias de alfabetização vêm sofrendo modificações no decorrer de nossa história educacional, acompanhando, de certa forma, as necessidades geradas pelas formas de organização social e econômica de nosso país. Deste modo, podemos inferir que a utilização da leitura e da escrita está submetida a enfoques teóricos e metodológicos dirigidos às instituições educacionais através de diretrizes e propostas pedagógicas que, por sua vez, procuram responder a interesses estruturais mais amplos.
PALAVRAS-CHAVES: Alfabetização; Código Alfabético; Mediação.
1. INTRODUÇÃO
É histórico o embate entre diferentes métodos de alfabetização. Sabemos que, em síntese, existem três diferentes modos de desencadear o processo de aprendizagem da leitura e da escrita: sinteticamente, globalmente ou “misturando” o método global e o sintético.
Os métodos sintéticos, tidos como tradicionais, são aqueles que partem do objeto língua escrita, preocupando-se principalmente com o domínio do código, e, para isso, partem do conhecimento das letras do alfabeto, do conhecimento das famílias silábicas ou do conhecimento das relações entre grafemas e fonemas.
Esses métodos globais, entre os quais entendemos possível enquadrar grande parte da pratica construtivista, por sua vez, são aqueles que partem da interação entre sujeito e o objeto tomando-o na relação individualizada que estabelece com o objeto “escrita”. Esses processos secundarizam a natureza alfabética da língua, dando prioridade a contextos significativos.
Finalmente, os métodos mistos mesclam estratégias globais e sintéticas e, ainda que se ocupem de unidades de sentido, sem perder de vista o caráter decomponível da língua alfabética, o fazem de forma assistemática e desordenada, lançando mão ora de estratégias globais, ora de estratégias sintéticas, sem considerar, ou até mesmo desconhecendo, as razoes pelas quais certas