Professor alfabetizador e ação pedagógica
A partir dos trabalhos como de Paulo Freire e Emília Ferreiro a atuação do professor alfabetizador deixa de ser meramente de reprodução de métodos e ganha uma dimensão político pedagógica mais crítica e consciente. É um agente de transformação que busca a partir de uma realidade que não condiz com ideal de sociedade que acredita e defende.
Por isto, cada atitude, cada escolha tem que ser consciente e segura. Em primeiro lugar deve ter claro um conceito de Alfabetização que acredita e defende. Quando o alfabetizador considera que alfabetizar é ajudar alguém a dar sons às letras e sílabas, ele coloca a repetição e a memorização no lugar central de suas atividades. Para este alfabetizador, seu papel é ajudar no trabalho de memorização de letras e sílabas. Contudo se compreende alfabetização como o processo que o indivíduo cria hipóteses, estabelece relações e constrói conceitos de como a língua escrita funciona e qual sua função social, que pensa sobre a escrita, irá buscar situações que façam o alfabetizando por em prática suas conclusões, ou seja que produza e que reflita sobre esta ação.
O professor que acredita nesta segunda concepção se tornará um problematizador, ou seja, alguém que propõe desafios, que coloque o alfabetizando na condição de autor. Seu papel é proporatividade onde a escrita apareça como instrumento de interação, pois a aquisição da leitura e escrita ocorre quando é usada de forma real, concreta, não de forma artificial e simulada.
Nesta concepção alfabetizando e alfabetizador compartilham “saberes” e experiências, numa forma conjunta de ensinar e aprender coletivamente.
De que forma pode agir o educador para que isto fique claro e se concretize com o seu grupo de alfabetizandos?
Vejamos algumas sugestões:
1. O alfabetizador cria situações quando por exemplo pede aos alfabetizandos para:
• Ler uma quadra, quando ainda estão aprendendo a ler;
• Descobrir o significado da palavra