o Processo do Terror

Terrorismo suicida
O que parece um ato de loucura é na verdade uma ação planejada por organizações terroristas. Apesar dessas organizações apelarem para motivos religiosos a fim de convencerem as pessoas.
Segundo Robert Pape entre 1980 e 2003 ocorreram cerca de 315 ataques suicidas no mundo, quase todos relacionados com uma determinada organização terrorista, sendo que do total somente 14 foram de um só individuo.
Do Marrocos ao Golfo, Rússia, EUA, Sri Lanka, India e Turquia, todos já sofreram com esses atos, normalmente relacionados a um grupo político-religioso que desejavam impor algo a um governo. Essa forma de terror é eficiente. Para que se tenha uma ideia, os atos suicidas entre 1980 e 2003 somente representaram 3% dos atentados desse período, mas impuseram 48% das mortes de todos os atentados. São vinte vezes mais eficazes que outras formas de terror. São formas eficientes para matar e assim já foram utilizadas por diversas organizações terroristas.
O terrorismo busca aniquilar o inimigo, mas também busca ganhar apoio de pessoas que podem se tornar instrumentos de aniquilação.
A lógica do Terrorismo Suicida
O suicida atua de forma incompreensível para a maioria das pessoas, oferecendo a sua própria vida com o objetivo de acabar com muitas outras. Entretanto, o suicida atua dentro de uma estratégia de determinada organização, agindo no sentido de auxiliar o plano de um grupo. Assim, devemos pensar que a lógica de um atentado suicida não é pessoal, individual, mas coletiva. O sucesso desse tipo de terrorismo depende de escolher as pessoas certas e de montar a operação adequada. Na obstante, vários pesquisadores encontraram uma lógica individual dentro de um atentado suicida. No contexto dos terroristas suicidas, a individualidade tem pouco valor. O ego não lhes pertence. A sua psicologia é bem diferente dos suicidas que se matam por infelicidade, depressão e desespero pessoais. Os terroristas suicidas são felizes, morrem realizados e satisfeitos, com o