Show
Matheus Fraga Santana matheusfrasan@gmail.com “Ora, no que concerne à alma pensante, as imagens tornam o lugar das percepções diretas [...]” (ARISTÓTELES, apud MANGUEL, Alberto p. 21), disse Aristóteles sugerindo que todo processo de pensamento requeria imagens. E o filme Alien utiliza muito bem dessa ferramenta criando um survival de terror psicológico magnífico. Baseando-se nesta perspectiva escrevi este artigo cujo objetivo é mostrar como as imagens imateriais são primordiais para os filmes de terror.
Aristóteles também fala sobre dois domínios da imagem imaterial e da imagem de representações visuais. Imagens imateriais são representações mentais que ficam na esfera da imaginação, fantasia e sonho. São imagens que associamos quando ouvimos sons e vemos uma ambientação semelhante a que já estivemos. Por meio delas tentamos entender o que foi nos apresentado.
O segundo domínio é das imagens materiais e representação visual, que são pinturas, cinema, desenhos, gravuras e televisão. No qual são imagens de entendimentos diretos, não tem uma liberdade de criação, e assim causam um “simples” sentimento que se perde durante o tempo. Sobretudo, os domínios tendem um do outro para ser manter, pois não podemos ter uma imagem imaterial sem já ter tido uma imagem material e nem o inverso. Por exemplo, você não vai conseguir imaginar algo totalmente novo sem usar elementos materiais que já fazem parte de sua percepção visual.
“Uma mulher desenhada a lápis parece uma mulher, e só isso. A ideia, portanto, está encerrada, completa, e todas as palavras, então, se torna inúteis, ao passo que uma mulher apresentada por escrito evoca milhares de mulheres diferentes [...]” (MANGUEL, Alberto p. 20), então quando algo é predeterminado com uma imagem é aquilo ali mesmo e nada mais. Mas quando alguma coisa é elemental quase espiritual como o Alien, que não nos limita com imagens, tendemos a criar uma magia em volta dela.
Alien é um filme de 1979, com