O processo de secularização
Centro de Ciências Sociais – CCSo
Sociologia da Educação I
Curso de Pedagogia
O Processo de Secularização
O termo secularização foi utilizado inicialmente nas Guerras de Religião, indicando a perda do controle de territórios ou propriedades por parte das autoridades eclesiásticas. E no Direito Canônico, o mesmo termo passou a significar o retorno de um religioso ao “mundo”. Nos dois casos o termo podia ser usado num sentido puramente descritivo e não valorativo. Atualmente, secularização tem um conceito ideológico carregado de conotações valorativas, algumas positivas, outras negativas.
Nos círculos anticlericais e “progressistas”, a secularização significa à libertação do homem moderno da tutela da religião e nos círculos ligados as igrejas tradicionais, têm sido combatidas como “descristianização” e “paganização”, desse modo as duas perspectivas ideológicas têm valores opostos.
Hoje a secularização se manifesta, por exemplo, quando falamos sobre a história ocidental moderna, a separação da igreja e do estado, a expropriação das terras da igreja ou a emancipação da educação do poder eclesiástico. A secularização afeta a totalidade da vida cultural, sendo observada no declínio dos conteúdos religiosos nas artes, na Filosofia, na Literatura e sobretudo, na ascensão da ciência, como uma perspectiva autônoma e inteiramente secular do mundo. Isso quer dizer, que na sociedade atual cresce o número de pessoas que encaram o mundo sem a necessidade de recursos para as interpretações religiosas, devido à secularização da consciência.
Percebe-se que a secularização não é distribuída de forma uniforme pelo mundo. Cada grupo da população mundial tem sido atingido de forma diferente. A secularização tem mais impacto sobre homens, em pessoas de meia idade, ocorrendo nas cidades, em classes diretamente ligadas a produção industrial (classe trabalhadora) e em protestantes e judeus. Na Europa, a religiosidade ligada a igreja é