Colheita de algodão
Mais de 60% do cultivo do algodoeiro no mundo é em regime de irrigação. Isto porque, embora o algodoeiro seja considerado uma planta resistente à seca, às vezes, sua exploração só sob regime de sequeiro, não tem se mostrado compensadora, haja vista a ocorrência de veranicos durante o seu ciclo fenológico, quando a umidade no solo não é suficiente para atender às necessidades hídricas da planta, refletindo-se em baixa produtividade.
No Brasil, a cotonicultura irrigada começa a ganhar espaço, porque além de garantir a estabilidade da produção, ainda possibilita ganhos excepcionais de produtividade, se comparados com os da agricultura de sequeiro.
Os principais métodos de irrigação utilizados na irrigação do algodoeiro são o de irrigação por superfície e o de irrigação por aspersão; a irrigação localizada está em fase de crescimento.
Em média, a quantidade de água necessária para atender às necessidades hídricas do algodoeiro é de 700 a 1300mm, dependendo do clima e da duração do período total de crescimento. No semi-árido do Nordeste brasileiro, o consumo de água pelas plantas para cultivares desenvolvidas pela Embrapa Algodão de ciclo curto (100-120dias) e médio (130-150dias) varia de cerca de 450mm a 700mm. As necessidades hídricas da cultura variam com os estádios fenológicos, em função da fitomassa, apresentando um mínimo, no estádio inicial, após a emergência e um máximo no período compreendido entre a floração e a frutificação; se houver déficit hídrico neste estádio de desenvolvimento, poderá ocorrer redução de produtividade de até 50%.
Um amplo suprimento hídrico pode resultar num crescimento vegetativo rápido, enquanto a insuficiência de água retardará ou deterá o crescimento; um suprimento adequado de água, em equilíbrio com os demais fatores de produção, estimula tanto o crescimento dos ramos vegetativos como o dos ramos frutíferos, resultando em elevadas produtividades. O potencial de rendimento do algodoeiro