O problema da seca no nordeste.
A rigor, não falta água no nordeste, faltam iniciativas honestas para solucionar a distribuição e o aproveitamento da mesma. No Polígono das Secas no Nordeste, o índice de chuva é maior que na Califórnia, rica área agrícola dos EUA e maior também que no Estado de Israel, que foi criado após a II Guerra no meio do deserto da Palestina e tem alta expansão da sua tecnologia agrícola. Por outras palavras, a seca no Nordeste não é fatalismo, é na verdade mais uma forma de corrupção. Os governantes argumentam que a saída está na transposição do Rio São Francisco, no qual as obras estão praticamente paralisadas e danificadas, além do alto custo desnecessário, tendo em vista os grandes volumes d’água do Nordeste que poderiam ser aproveitadas de outras maneiras mais baratas e mais eficientes.
Dessa forma, enquanto os grandes latifundiários associados a políticos aumentam seus poderes através desta tragédia, o povo nordestino vive em condições precárias. O problema da seca não se resume a falta de água, além disso, há a chamada “indústria da seca”, termo utilizado para designar a estratégia de encobrimento de interesses escusos daqueles que possuem influência política ou financeira. Através da propaganda de que o povo está morrendo de fome estes industriais utilizam-se da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de créditos e perdão de dívidas. Prosseguindo assim, o luco de uns e o sofrimento de outros.
Em síntese, a seca é um fenômeno natural periódico