O principe
As principais ideias dessa obra gira em torno dos conceitos virtude/fortuna e conquista/manutenção do poder.
Maquiavel começa O Príncipe relatando alguns acontecimentos com alguns príncipes da época. Isso prova que suas ideias e obras se basearam na história política de seu tempo, refletindo as quedas e ascensões de líderes.
Utilizando o momento histórico em que vive Maquiavel vai descrevendo os fatos e refletindo sobre eles e fazendo inúmeras ressalvas como quando afirma que o Príncipe deve governar e destruir para não ser destruído, que a ele é necessária mais virtude do que fortuna, pois, com a virtude, a conquista do Estado se dá com dificuldade, mas a manutenção e mais fácil. Enquanto o príncipe, por meio da fortuna, conquista facilmente o Estado, no entanto terá dificuldade em mantê-lo porque lhe falta virtude, algo fundamental para manter-se no poder.
Maquiavel entende Virtude para ele significa por sua propria capacidade pessoal. Fortuna para ele seria contar com a sorte, a oportunidade, o destino. Na virtude deve ser flexível às circunstâncias para assim dominá-las, mesmo que para isso seja preciso ser cruel, mentir ou, em outros momentos, ser generoso e etc.
No livro O Príncipe, Nicolau escreve sobre aqueles que chegam ao principado por meio de crimes.
Penso que isto resulte das crueldades serem mal ou bem usadas. Bem usadas pode-se dizer serem aquelas que se fazem instantaneamente pela necessidade do firmar-se e, depois, nelas não se insiste mas sim se as transforma no máximo possível de utilidade para os súditos; mal usadas são aquelas que, mesmo poucas a princípio, com o decorrer do tempo aumentam ao invés de se extinguirem. Aqueles que observam o primeiro modo de agir, podem remediar sua situação com apoio de Deus e dos homens. Por isso deve-se notar que, ao ocupar um Estado, o conquistador use todas aquelas ofensas que se lhe tornem necessárias, fazendo-as todas a um tempo só para não precisar renová-las a cada dia e poder,