O Principe
1.1 – Realismo Político
Maquiavel crê que possui uma "predestinação inarredável", que é falar sobre o Estado. Mas diferentemente de Platão, Tomas Moore e Campanela que discutiram um Estado inteligível, perfeito e inalcançável; Maquiavel discute o Estado real na verdade das coisas. Assim, ele afirma como base de sua metodologia: examinar a realidade como ela realmente é, e não como ele gostaria que fosse, ou seja, pela primeira vez, o objeto de discussão passa a ser o "reino do ser" e não mais o "reino do dever ser".
Maquiavel tem como análise central, a resolução do problema do inevitável ciclo de estabilidade e caos dentro de uma sociedade, fundamentando deque "Ordem" não é um preceito natural, sendo construída para evitar a barbárie e nunca será eterna.
Observa-se no livro, que a sociedade seria o resultado de um feixe de forças, proveniente de ações humanas concretas que uma vez combinadas criam um movimento de transmutação e fluxo, nos daria nossa comunidade. Assim, a sociedade nada mais seria que um fluxo constante de transformações ordenadas pela realidade.
Constata-se também que, nessa mesma metodologia, discute-se o que seria o poder, afirmando que para entendê-lo, é preciso colocar-se num âmbito de incerteza, no qual nada é estável, a fim de observar que o poder é regido por mecanismos que norteiam a vida privada, e ele é o exercício de uma vontade, objetivo sobre outros, através do convencimento.
Portanto, o Realismo Político, seria a "verità effettuale" (verdade efetiva das coisas), aplicada ao Estado, já que se estuda o Estado na realidade em si, e não mais num plano inteligível.
1.2 – Príncipe: Mecanismos para se conquistar e manter o poder
Maquiavel faz referência em seu livro que o príncipe deve utilizar seus atributos para chegar ao poder, devendo ser astucioso, corajoso agindo com prudência e humanidade, sendo para seus súditos um homem integro e especialmente religioso.
Quando se conquista um Principado novo que era autônomo,