O Povo Brasileiro — Darcy Ribeiro Capítulo 2 e 3
Dom Henrique colocou os portugueses a serem bons navegadores com seus inventos decorrentes, como o navio com leme fixo, como o barco a velas, equipados com bússola e astrolábio. Além de Portugal ter aprendido suas técnicas de navegação com os gregos e com os árabes. Isso acabou fazendo serem bons navegadores, apensar de tudo isso ser por obrigação. Para Portugal sobreviver, tinha que, necessariamente se lançar ao mar. Com suas experiências incorporadas de árabes e de judeus, fez um país de navegadores e de conquistadores. Com desenvolvimento das técnicas de navegação, os portugueses tinham que expandir seu território, pois Portugal era rodeado por terras inimigas e não conseguia se expandir por terra. Com isso Portugal lançou-se pelos mares, mas principalmente por três fatores: a tecnologia de navegação e experiência comercial que possuíam cujas ações e mentalidade eram sustentadas pela igreja. Os ingleses mostraram-se na época como granjeiros puritanos e burgueses industriais. Na nossa costa atuaram como piratas. Já os russos eram uma arcaica e estratificada. O estilo de colonização dos ibéricos foi chamado de barroco. Ele se baseava no lucro e na riqueza, na opressão e na mistura com o povo local, na supressão das etnias locais discrepantes com o seu modo de ser e da implantação na colônia do seu modo de vida. Tudo sustentado pela força da igreja. Esse estilo de colonização em três planos: associativo, adaptativo e ideológico. Tornando-nos uma extensão da Europa Ibérica. Além das influencias de outras etnias que os portugueses tiveram. Essas expedições deles, que serviram tanto para achar outra rota de comércio para comprar as especiarias, quanto para descobrir como realmente o mundo era, foram importantes para descobrir o Brasil, porque se não fossem elas, o Brasil não teria essa mistura de três raças, não teria essa história de luta dele e a cultura dele seria bem diferente de hoje em dia. E uma das