O populismo e as relações Brasil-EUA
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Paulo Visentini, em seu texto “O populismo e as relações Brasil-EUA”, busca demonstrar que, a relação BRASIL-EUA teve momentos de euforia, mas também teve momentos de tensão. A partir do momento, em que o Brasil vislumbrando o crescimento de seu poder industrial, visto que para os governantes brasileiros, a dependência hemisférica frente aos EUA trazia uma paralisação do crescimento industrial brasileiro. Porém, antes disso, o Brasil viveu em uma duradoura dependência norte-americana, ou seja, o Brasil via numa aliança com os EUA, uma oportunidade de ampliar “sua moral internacional”, fato que não foi consumado. E, em seu texto, ele utiliza a figura de João Goulart para ser o grande intermediador da ruptura de aliança Brasil-Estados Unidos. Pois nesse governo, foi estabelecida a Política Externa Independente, onde o Brasil buscava se desfazer da dependência estadunidense, sendo assim, o Brasil refazia o laço estreito de política externa com o desenvolvimento econômico, fator predominante para o corte de relações de dependência com os Estados Unidos. Visentini também utiliza o fator Vargas como instrumento de ruptura, á medida em que, Getúlio foi bastante inconstante em suas decisões, ora mantinha os laços com os Estados Unidos, ora resolvia atender os interesses brasileiros e manter uma postura mais autônoma. Visentini também coloca o fato de que, o governo brasileiro tentou estabelecer uma relação com os EUA, em que o Brasil não saísse desfavorecido no âmbito econômico. Mas diante da negativa estadunidense, o governo brasileiro juntamente com as forças populistas cortou as relações com os EUA, visto que não tinha mais clima e o Brasil não tinha benefícios reais nessa aliança. Entretanto, em 2012, Camilo Tavares lançou o documentário “O dia que durou vinte e um anos”, no qual ele esclarece os pontos cruciais para o corte de relações e a intervenção americana, fazendo com que os Estados Unidos tivesse participação fundamental no Golpe estatal de 1964.