O poderoso Chefão e O príncipe
O primeiro fator diz repeito à liderança, o que é levada com extrema seriedade na Família Corleone. Como se pode ver anteriormente, os líderes da Família (primeiro Vito, depois Michael) possuem fortes características maquiavelistas, o que, consequentemente, é repassado para a instituição. O oportunismo econômico é outro fator preponderante, que pode ser observado no modo de negócios da família, altamente antiético e ilícito, que prejudica a sociedade como um todo para que a Família se sustente. Por outro lado, a recusa de Don Vito a dar proteção ao narcotráfico, que dá muito mais lucro, demonstra que o oportunismo econômico não é o fator mais importante para ela. A recusa deu-se pelo fato de Don Vito considerar drogas um negócio muito degradante, que altera mais vidas inocentes e de maneira muito mais destruidora, inclusive, de crianças. A deserção, comumente observada dentre os servidores de pessoas maquiavelistas, foi constatada no filme, como o jovem Paulie e Carlo Rizzi. Por isso, existe uma forte intolerância com aqueles que traem a instituição. A pena sempre é de morte e não existe possibilidade de remissão. Esta é uma das características com maior influência de Maquiavel, de eliminação das ameaças. Com relação a roubo, esse fator não foi observado em nenhum momento durante o filme internamente na Família. As relações negativas com as outras Famílias nunca envolviam roubo, havendo, inclusive, um respeito territorialista de certo modo. Entretanto, relembra-se que uma das atividades da organização envolve fraude contra o governo, o que acaba sendo um tipo de roubo. Já com relação a táticas de influência, esse fator foi observado do começo ao fim do filme, por diversos personagens. O filme dá a entender que a máfia norteamericana lida bastante com política e, até mesmo, diplomacia. É comum ver grandes inimigos conversando calmamente em um restaurante ou mentiras serem ditas para que se consiga atingir o