O poder e o dever segundo acadêmicos preguiçosos
Bacharelado em Direito
Filosofia do Direito
O Poder e o Dever
2014/2
B-01
(Alexandre)
DEVER
No dizer de Kant, nada no mundo pode ser considerado bom sem restrição, a não ser a boa vontade. O pensamento expressa a crítica ao conceito de correção, vigente em muito do que se faz e que não resistiria a uma análise mais rigorosa de sua motivação intrínseca. Assim, comportamentos considerados virtuosos, como atos de coragem ou de humildade, compaixão ou temperança, podem não sê-lo dependendo da intenção com que são praticados.
Portanto, dever é a ação à qual alguém está obrigado, apesar de podermos estar a ele obrigados de maneiras diferentes. Segundo Kant, aquilo que representa uma ação como necessária de forma objetiva é chamado imperativo categórico. A ação é tornada necessária não por meio da representação de algum fim que pode por ela ser atingido, mas de forma direta. Um imperativo categórico é uma lei moralmente prática, pois impõe uma obrigação quanto a certas ações. É uma lei que comanda ou proíbe. Essa lei converte ações em deveres, daí constituir-se em uma lei prática. Entretanto, indivíduos diferentes poderão ter máximas pessoais ou fundamentos subjetivos diferentes relativamente à mesma lei. Diferencia-se, assim, a legalidade, como a conformidade de uma ação com a lei do dever; já a conformidade da máxima (a forma como o sujeito deseja agir) de uma ação com uma lei corresponde à moralidade da ação. Um princípio de dever é um princípio que a razão a ele prescreve de forma absoluta e objetiva: como se deve agir. O imperativo categórico, afirmador do que seja a obrigação, corresponde ao princípio supremo da doutrina dos costumes, que pode ser formulado como sendo agir com base em uma máxima que também possa ter validade como uma lei universal.
Dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude de um ente superior.Intenção e dever (em Kant) dependem do sujeito epistemológico (eu