O poder nas organizações
Pagés, Bonnetti, De Gaulejac e outros autores analisam o poder de quatro formas:
Na perspectiva marxista como um fenômeno de alienação econômico;
No nível psicanalítico como um fenômeno psicológico de alienação, de dependência, e de outros fatores;
Como um fenômeno político de imposição e de controle sobre as decisões e sobre a organização do trabalho;
No nível ideológico como um fenômeno de apropriação do significado e dos valores.
ssas quatro linhas de pesquisa não são necessariamente incompatíveis.
Gereth Morgan, em seu livro Imagens da organização, descreve bem o fato de que as organizações podem ser vistas como arenas complexas onde os indivíduos buscam seus interesses particulares por intermédio dos meios oferecidos pelas estruturas e regras burocráticas.
Habermas, ao comentar os tipos de ação social por Weber, estabelece três tipos de ação, dois dos quais são considerados uma ação social. As ações não sociais voltadas para o sucesso são as ações instrumentaisdirecionadas para a eficiência administrativa ou técnica. Tratando-se de ação social e política nas organizações, falamos em ação estratégica, ou seja, na capacidade de os indivíduos perceberem as oportunidades de ação. O modelo de Habermas prevê ainda uma ação social estratégica, que se denominou “ação comultativa”.
Conceitos anteriores importantes para o desenvolvimento de algumas análises que surgirão são:
- Ação estratégica em grupo;
- Os efeitos inesperados da ação estratégica em grupo e as disfunções (jogos de poder);
- Problemas de ação coletiva;
- Conceito de organização como arena política
- As incertezas e o poder.
Para Gouldner, uma das tensões primordiais do sistema burocrático, que ele chama efeitos primários, é a divergência entre os interesses pessoais dos indivíduos e os objetivos formais do sistema organizacional. Para coordenar a ação dos indivíduos, objetivando a concretização das metas organizacionais, surgem as