O PODER DA POESIA
Faculdade de Letras
Departamento de Ciência da Literatura
O PODER DA POESIA
I INTRODUÇÃO
A poesia, em sua origem, era completamente conectada à música: antes da existência da escrita, histórias como a Odisseia, Ilíada e outras, já eram passadas de geração em geração por meio da oralidade e da musicalidade nelas presentes. Pensadores como Platão, Aristóteles e Horácio criticaram a poesia, formularam teorias e estabeleceram as diferenças entre poesia lírica, dramática, narrativa e épica. Depois deles, muitos outros vieram e continuaram a estabelecer parâmetros para a análise e crítica à poesia, mas o que precisamos saber a respeito de sua estrutura vem a seguir.
A estruturação dos versos da poesia é feita de forma harmoniosa e alguns elementos formais caracterizam o texto poético: são eles o ritmo, versos e estrofes, tais quais definem sua métrica. Há poesias nas quais não existe métrica, e estas tem os chamados “versos livres”, que deixam o autor livre pra escolher suas próprias regras e definir seu próprio ritmo.
A poesia, entretanto, vai além das regras pré-estabelecidas... Nem toda obra contendo métrica terá poesia na sua essência. “Há máquinas de rimar, mas não de poetizar. Por outro lado, há poesia sem poemas; paisagens, pessoas e fatos podem ser poéticos: são poesia sem ser poemas.” (Octavio Paz) Sua beleza deve encantar os interlocutores, fazer com que eles tenham outras perspectivas, despertar sentimentos diferentes e trazer, de alguma forma, uma mudança na vida de quem lê.
II A Poesia como crítica
A poesia é uma das formas de texto mais livres da literatura. Deixa-se levar a partir da intenção do autor. Logo, a ela é permitida adquirir qualquer forma sem, entretanto, romper seu caráter artístico. Há textos que possuem objetivos específicos: informar, passar uma mensagem, emocionar, descrever, orientar... As possibilidades são infinitas. Entretanto, a poesia consegue englobar e reunir características