O peso que carregamos nas costas
Atualmente, o que mais escutamos falar é sobre o estresse, seja na mídia ou em conversas informais. Parece mesmo que ele veio para ficar. Hoje em dia não há quem não se queixa das suas consequências, sem falar das nossas preocupações e responsabilidades que aumentam a cada dia que passa, tanto na vida pessoal como na profissional.
Comecei a observar que muitos pacientes que chegam à minha clinica reclamam de dores na região do pescoço e cabeça e que estas dores estão sendo causadas pela vida estressada e cansativa que estão levando.
Temos a tendência inconsciente de concentrar toda a tensão diária no pescoço, carregar o peso nas costas, acumular todas as nossas responsabilidades nos ombros e tencionar a musculatura cervical como se houvesse um peso real a ser carregado. E são nestas musculaturas que o estresse começa a fazer estragos.
Se formos pensarmos do ponto de vista evolutivo, é comum o pescoço ser o local mais frequente de ataque de um predador, e o animal quando ameaçado, contrai a musculatura do pescoço para se proteger do agressor. Com a musculatura contraída, o pescoço encurta e dificulta o golpe. O mesmo acontece conosco, que diante de um confronto com desafios, ou ameaças, contraímos imediatamente a musculatura cervical, consequentemente a musculatura do pescoço fica contraída de uma forma intensa e prolongada, causando alguns problemas.
Mas qual a intenção de viver uma vida tão estressada e carregar tanto peso nas costas se a nossa vida é feita de escolhas? Pra que gastar tanta energia e força com um peso que não é real, já que temos que fazer muita força na vida? Do que ou de quem estamos nos protegendo? Vale a pena pensar e tentar adaptar um modelo mais relaxado pode ser lento e difícil, mas depende de capacidade e treinamento.
Um dos conselhos que dou aos meus pacientes é de reservar uma horinha do seu dia para relaxar a mente e o pescoço. Sessões de massagens frequentes e exercícios de alongamentos ajudam