O período regencial
Segundo Márcio Souza (2001), durante todo o período de governo de Pedro I, o clima era de agitação política no Grão-Pará. Em 1831, um navio americano aporta em Belém com a notícia de abdicação de Pedro I e no mesmo ano, em 7 de abril, assume um governo regencial que vai ficar no poder até 1840, ano da decretação da maioridade de Pedro II.
Assim, conclui-se que a regência vivia uma época politicamente turbulenta, onde estouraram várias revoltas contra o governo central. E, a partir daí, os anos da Regência assistiriam a muitas rebeliões, sufocadas com sangue, quase sempre provocadas por grupos locais poderosos que usavam as massas em proveito de seus interesses particulares. Montins, rebeliões, guerra civil, como a cabanagem, a balaiada, a sabinada e guerra dos farrapos se formavam e eram revoltas espontâneas, movidas pela miséria e pelo ódio contra os grandes proprietários.
Dessa forma, o Período Regencial foi um dos mais importantes e agitados períodos da História brasileira, nele se firmaram a unidade territorial do país e a estruturação das Forças Armadas, além de serem discutidos o grau de autonomia das províncias e a centralização do poder.
OS CABANOS E A CONFIGURAÇÃO DO MOVIMENTO
Os cabanos abarcavam o variado conjunto formado por índios aldeados e destribalizados (tapuios), os negros e os mestiços submetidos à exploração absoluta e ao abandono completo. Sob a visão de Luís Balkar (2001), Os CABANOS era chamados assassinos, salteadores e algozes, eram caboclos e pretos, moradores das beiras dos rios que lutavam para conseguir melhoria de vida política, social e econômica.
E assim, abandonados, viviam completamente insatisfeitos. Então como uma forma de colocar um fim a essa situação, uniram-se contra os brancos que governavam a Província.
Em meio a essa insatisfação popular, os fazendeiros paraenses, também aderiram ao movimento a fim de lutar contra o governo central, uma vez que se opunham ao fato de as autoridades da