O Perdedor
Chamo-me Bernardo, moro em São Paulo e trabalho em um escritório de advocacia. Na manhã do dia 25 de novembro de 2009, o despertador tocou às 06h00min ,levantei, escovei os dentes, me arrumei e fui para cozinha tomar café da manhã como de costume, já era 06h40min e eu ainda não estava pronto para sair, a campainha tocou, coisa que raramente acontece, terminei de ajeitar a gravata e fui em direção à porta, ao abri-la me deparei com um sujeito pálido e gelado caído em minha soleira, fiquei assustado ao ver aquilo, peguei o telefone e liguei imediatamente para a central de atendimento da polícia. Informaram-me que o delegado estava ocupado no momento, mas iriam lhe mandar no local do ocorrido dentro de meia hora, enquanto eu o esperava fui até a cozinha tomar um copo de água com açúcar para me acalmar um pouco. Passaram-se trinta, quarenta, cinquenta minutos e nada do delegado chegar, minha angustia e desespero aumentava cada vez mais. Uma hora se passou e finalmente o delegado chegou junto da polícia científica que começou a interditar o local para examinarem o corpo, enquanto isso o delegado Steve me fazia milhares de perguntas que faziam com que eu ficasse ainda mais apavorado. Dois policiais que estavam junto ao delegado faziam ronda nas regiões próximas do local.
A perícia acabara de achar a carteira do sujeito com um documento de identificação e um número de telefone, o delegado ligou e quem atendeu foi João Alberto (pai da vítima), o sujeito caído em minha soleira chamava Pedro. O delegado explicou mais ou menos o que ocorreu e pediu para João Alberto fosse à delegacia dentro de vinte minutos. Eu seria levado para prestar depoimento, o corpo continuaria no local até a perícia terminar de examiná-lo e em seguida seria levado para o I.M.L.
Cheguei à delegacia e encontrei João Alberto. Os dois policiais que faziam ronda acabaram de chegar, Pedro tinha sido assassinado com um tiro no ouvido, por causa de um mísero celular. O infeliz que lhe tirou a