O pensamento de Vygotsky e Bakhtin no Brasil
O livro é baseado na tese de doutorado da autora que a partir da narrativa de professores de universidades brasileiras sobre a mudança de paradigmas no contato e conhecimento das ideias de Vygotsky e Bakhtin no meio acadêmico.
Apesar do título do livro trazer Vygotsky e Bakhtin este último não é muito abordado pelas narrativas que a autora buscou na fala dos professores universitários e é ela que faz incursões pela teoria bakthiniana estabelecendo relações e diálogos.
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Para Bakhtin (1985), quando uma resposta não dá origem a uma nova pergunta, o diálogo se desfaz, ficando em seu lugar a informação sistematizada e impessoal.
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No bojo desses acordos (década de 70) impôs-se a pedagogia tecnicista como proposta pedagógica oficial do Estado, que procurava determinar padrões de racionalização e eficiência ao ensino brasileiro, nos moldes de uma visão empresarial-tecnocrática.
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Nesse contexto (anos 80, o final do regime militar no Brasil), as condições para o desenvolvimento de uma abordagem psicológica sócio-histórica eram bem favoráveis. As teorias de Vygotsky e Bakhtin poderiam responder aos interesses e reclamos de uma nova perspectiva de Educação.
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As teorias crítico reprodutivistas e as várias vertentes da Pedagogia Nova foram sendo criticadas e substituídas por um pensamento pedagógico inspirado numa concepção democrática e socialista de mundo. A escola, a partir dessa nova concepção, passou a ser vista como o local de contradições que cumpre a função de socializar a cultura, isto é, o saber gerado historicamente pela humanidade.
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As mudanças no cenário político trouxeram mudanças na forma de pensar a Educação. A psicologia existente passou a não mais satisfazer e as pessoas começaram a buscar novas fórmulas,