O pedagogo nos espaços não-formais
Liane Laranjeira1
As transformações econômicas, sociais e políticas da contemporaneidade indicam novas perspectivas e desencadeiam mudanças no campo da educação. Há um novo olhar e uma ampliação do campo de atuação do pedagogo. Os espaços escolares deixarem de ser a único lugar para sua ação.
Segundo (LIBÂNEO, 2009), a palavra educação tem um significado muito vasto, pois envolve a formação de qualidades humanas na sua relação com o meio social e é objeto de estudo da Pedagogia.
Pedagogia é a ciência ou disciplina que tem por objetivo a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica propositiva do processo educativo. O termo tem origem na
Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). O pedagogo era o escravo que conduzia as crianças. Assim, a Pedagogia existe desde que houve a necessidade de cuidar-se de crianças e de promover sua inserção num contexto social.
Verifica-se que desde os primórdios que a razão de existir do pedagogo está relacionada à sociedade, no que tange a sua formação para nela viver, isto é, dar uma direção para o tipo de homem e grupo social que é desejado.
A prática educativa não é uma ação pertinente apenas às escolas, está presente nos mais diversos lugares. Passamos a considerar aqui escola como o local onde se dá formação formal, isso é, local em que a educação está formalizada e garantida por Lei, devidamente padronizada. A prática educativa acontece também em outros espaços chamados não-formais, onde apesar de não ter o caráter de escola, conforme a definição já mencionada, tem ação educativa e caráter social. Vive-se um momento em que não se sabe mais o que é atribuição da escola ou da sociedade em geral.
As escolas públicas, em especial as localizadas nas periferias, possuem uma clientela de ínfimas condições econômicas, com crianças originárias das mais diversas constelações familiares.
Os pais, pela necessidade de sustento necessitam afastar-se de seus filhos