O paradoxo da globalização

O texto que vamos trabalhar hoje, foi escrito por Danni Rodrick, que é professor em Harvard e está entre os 100 economistas mais influentes do mundo. O texto faz parte do Livro Paradoxo da Globalização, e que é um dos trabalhos mais divulgados do autor segundo nossa pesquisa.
Os dois capítulos que vamos tratar falam sobre o Trilema Político da Economia Mundial, que segundo o autor, consiste numa pirâmide, que alberga os seguintes conceitos:
Hiperglobalização, ou a abertura indiscriminada do comércio e das finanças.
Democracia Política: que consiste na consolidação de bases representativas dos anseios populares;
Nação Estado: é representada por um Estado que conserva sua soberania nacional

Porque não se pode ter tudo?
Se considerarmos uma economia mundial hipotética, completamente globalizada, em que todos os custos de transação fossem eliminados e as fronteiras nacionais não impediriam o intercambio de bens e serviços. Podem existir nações estados num mundo assim? Esse é o cenário que Tom Friedman chamou «uma camisa-de-forças dourada»: um conjunto de políticas que implicam a libertação do sector privado da economia, a diminuição da burocracia, a manutenção de uma inflação reduzida e a eliminação de restrições ao investimento estrangeiro. Se um país se recusar a aceitar a camisa-de-forças dourada, ou tentar retirá-la, as empresas, ou quem toma decisões respeitantes ao investimento realizado pelas multinacionais - poderá afastar-se a galope noutra direcção, levando consigo o capital de investimento que os países desejam para para manter as respectivas economias em crescimento.
Se o Estado é regulador, não há atrativos para os investimentos estrangeiros, e os mercados locais não podem sustentar-se.
Se o a política democrática domina, os anseios populares não podem ser contidos, e eventualmente, medidas que desagradem a maioria, como por exemplo, ajustes severos na arrecadação, previdência social, todavia necessárias e nem sempre agradáveis a todos,