O paradigma simplificador
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Conforme descreve o autor, a “simplicidade vê o uno, ou o múltiplo, mas não consegue ver que o uno pode ser ao mesmo tempo múltiplo”. No pensamento complexo não é possível dissociar a parte do todo, assim a parte está no todo, da mesma forma que o todo está na parte. O paradigma simplificador guia à objetividade e a ordem, um princípio-chave de um determinado conceito. Conceber este paradigma pode implicar aquilo que Morin chama de "Inteligência Cega", isto é, questões que induzem o desinteresse e ignorância sob a forma das "ideias feitas". Um dos princípios mais básicos do design sugere que pensemos “fora da caixa” e encontremos soluções inovadoras as questões a serem resolvidas por nós. O paradigma apresentado freia essa possibilidade, pois impede que as questões sejam analisadas de forma ampla e livre em perspectivas que fujam do convencional. É imprescindível que, dentro e fora da área do design, sejamos atentos não apenas aos nossos objetivos, mas também ao que os cerca a fim de obtermos um conhecimento que supere as nossas próprias expectativas, visto mais uma vez que, a sua simplificação implicaria na perda de informações de extrema importância para conclusões claras, ainda que estas continuem expostas a questionamento.
Quem foi EDGAR MORIN:
Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de Julho 1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita.
Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro.
Durante a Segunda Guerra Mundial, participou da Resistência Francesa.
É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade.
- texto retirado do