O papel predefinido dos sexos na indústria da propaganda
O artigo apresenta premissas sobre o comportamento do consumidor em relação ao sexismo. Ou seja, sobre a construção da identidade de compra de acordo com os papeis predefinidos do sexo. Busca o entendimento da influência da história e dos fatores na hora do processo de compra das crianças e dos adultos. Traz também dois casos de sexismo em produtos, que define quem vai comprar o que, limitando esses produtos a cada sexo.
Palavras-Chave: papel dos sexos, sexismo, consumo, produtos sexualmente tipificados, Kinder Ovo para meninas e meninos, Princesas da Disney.
Introdução Quando uma criança nasce há uma grande expectativa que envolve a espera do nascimento até sua chegada ao mundo. Os preparativos já começam muito antes de o bebê sair da barriga da mãe. Desde que se descobre se a criança é menino ou menina, a família começa fazer as compras para o novo membro que está prestes a chegar. Se for menina, a cor rosa vai monopolizar suas roupinhas e todos os objetos que o bebê vai precisar. Se for um menino, suas roupas terão desenhos de carrinhos e sua mamadeira será azul. Aparentemente é algo que pertence à cultura e não causa estranhamento. Porém, esse é um exemplo de papel predefinido dos gêneros desde o nascimento de uma criança. A propaganda usa a cultura sexista para vender produtos específicos para menina ou menino. Frequentemente vemos anúncios de brinquedos direcionados a esse público, mas sempre há a distinção do gênero. A discussão sobre os produtos direcionados às crianças e aos sexos diferentes, bem como os papeis sociais que eles representam começa muito antes, desde a evolução humana. Anúncio da Barbie de 2011 direcionado a meninas, determinando um padrão de comportamento. O título da peça diz “Qual fashionista você é?” e abaixo tem as opções, ou seja, a menina precisa se enquadrar em algum desses padrões impostos e escolher qual ela “quer ser”. Anúncio da Barbie dos anos 70, cujo texto diz: “Os hábitos da Barbie no guarda-roupa;