O Papel das praças públicas: estudo de caso da praça Raposo Tavares na cidade de Maringá
Ao longo do tópico “Introdução”, Sandra Carbonera Yokoo e Cláudia Chies discorrem sobre a situação atual das praças. Esse conceito vem sofrendo uma grande mudança ao longo dos anos, fazendo com que o elemento praça não seja mais o principal ponto de encontro de pessoas de todas as idades. Em muitos casos, elas são esquecidas pelo poder público e transformam-se em ambientes inapropriados para pessoas de boa conduta. As praças são paisagens que com o passar dos anos foram modificadas pelo homem, ou mesmo esquecidas pelo próprio.
Tendo em vista a visão diferenciada de diversos autores, Yokoo e Chies citam significados distintos em relação ao conceito de praça, no capítulo 2, “Definições das praças e suas funções ao longo do tempo”. De acordo com LAMAS: A praça é o lugar intencional do encontro, da permanência, dos acontecimentos, de práticas sociais, de manifestações da vida urbana e comunitária e, consequentemente, de funções estruturantes e arquiteturas significativas (LAMAS apud DE ANGELIS, 2005, p.2, apud YOKOO e CHIES, 2009, p.2).
Os autores Robba e Macedo (2002, apud DE ANGELIS ET AL, 2005, p.2, apud YOKOO e CHIES, 2009, p.3) descrevem a praça como “[...] um espaço público e urbano, celebrada como um espaço de convivência e lazer dos habitantes urbanos”. Durante o decorrer do tempo histórico, as praças passaram de locais para exercer a democracia, como acontecia em Atenas, pontos de encontro para a população, e finalmente chegaram ao que se encontram hoje, sendo, em sua maioria, espaços verdes esquecidos pelo poder público e pela própria população. Essa perca de representatividade aconteceu em decorrência, sobretudo, da chegada do capitalismo, que globalizou o mundo. As pessoas foram para dentro de shoppings e grandes centros comerciais, optando por essa forma de lazer, ao invés de utilizar as praças. É necessário que as praças também estejam adequadas à esse novo