O papel das clinicas na psicologia infantil
É opinião do autor, com o qual concordamos, que é a partir do conhecimento de todos os fatores determinantes dos males psicossociais infantis e de seus mecanismos de ação que se poder-á agir no sentido de impedir a ação direta e indireta de tais fatores e consequentemente garantir melhores condições de vida para as crianças dos grandes centros urbanos no futuro. Em decorrência, muito empenho deve ser colocado sobre a pesquisa relativa à descoberta de outros fatores da mesma natureza daqueles já descobertos como determinantes dos problemas, bem como sobre os mecanismos pelos quais tais fatores operavam (e o mencionado autor tem demonstrado tal empenho através das inúmeras pesquisas realizadas). Nossas presentes considerações também pretendem contribuir para o avanço nessa mesma direção e porisso mesmo nos parecem justificáveis.
Abordemos primeiramente, de forma resumida, alguns dos dados empíricos ingleses de Rutter, para a seguir considerarmos os dados brasileiros, obtidos em pesquisas científicas levadas a efeito por nossa equipe na clínica-escola do UPUSP (CEIPUSP) e, finalmente, compararmos uns com os outros, derivando nossas conclusões sobre nosso tema: o papel preventivo das clínicas-escola em seu atendimento às crianças.
Segundo Rutter (1981), as pesquisas dele levavam às seguintes generalizações, entre outras:
1) Os problemas psicossociais infantis são muito mais comuns nos grandes centros urbanos do que nas