O papel da hipótese no método científico
A Hipótese é uma proposição que se admite de modo provisório como verdadeira e como ponto de partida a partir do qual se pode deduzir, pelas regras da lógica, um conjunto secundário de proposições, que têm por objectivo explicar o mecanismo associado às evidências e dados experimentais a se explicar.
Literalmente pode ser compreendida como uma suposição ou proposição na forma de pergunta, uma conjectura que orienta uma investigação por antecipar características prováveis do objecto investigado e que vale quer pela concordância com os fatos conhecidos quer pela confirmação através de deduções lógicas dessas características, quer pelo confronto com os resultados obtidos via novos caminhos de investigação (novas hipóteses e novos experimentos).
No método científico, a proposição de hipóteses é o caminho que deve levar à formulação de uma teoria. O cientista, na sua hipótese, tem dois objectivos: explicar um conjunto de factos e prever outros acontecimentos e factos dele decorrente (deduzir as consequências).
A hipótese deverá ser testada frente a fatos obtidos de observações sistemáticas e controladas resultantes de experiências laboratoriais e de pesquisa em campo. Se, após muitas dessas experiências, os resultados obtidos pelos pesquisadores não contrariarem a hipótese, esta então será aceita como válida, promovida à lei se for simples contudo de abrangência geral, e integrada à teoria e/ou sistema teórico pertinente. Até as leis científicas não passam de meras hipóteses neste contexto.
Exemplo de Eratóstenes:
Há 2200 anos, Eratóstenes leu num livro que em Siena, no solstício de Verão, as colunas de um templo não davam sombra ao meio-dia. Eratóstenes interrogou-se a cerca deste fenómeno, visto não ser visível em Alexandria. Assim, Eratóstenes conclui que a Terra teria de ser curva. Chegando a um valor de 800 km entre Alexandria e Siena, conseguindo assim determinar o perímetro da Terra, 40 000 km (valor