O papel da ciência, da tecnologia, dos temas sociais e suas relações
I - INTRODUÇÃO
É próprio do ser humano indagar. Por sua natureza ele é curioso e deseja conhecer e descobrir explicações. A apresentação histórica de um conceito desempenha um papel psicológico no desenvolvimento da compreensão PIAGET & GARCIA (1987) de que existe um paralelismo entre a construção histórica dos conceitos científicos e a construção psicológica dos mesmos pelos alunos, quer na suposição, mais moderada, da existência de analogias entre concepções adotadas por antigos cientistas e algumas ideias dos alunos.
O objetivo de formar “futuros cientistas” (revelar talentos ou despertar vocações), perseguido durante décadas pelo ensino escolar das ciências KRASILCHIK (2000), passa agora para o de formar cidadãos capazes de estabelecer uma relação crítica com a ciência e a tecnologia, sendo também conhecedores da História da Ciência.
O reconhecimento das limitações da educação científica tradicional para atuar numa sociedade que se reclama, cada vez mais, como “sociedade da informação e do conhecimento” conduziu à retomada da discussão sobre a necessidade de inovar e produzir novos currículos e novas formas de ensinar ciências. Conhecer, como chegamos a conhecer, o que conhecemos sobre as ciências é algo que um cidadão cientificamente culto do século XXI não pode ignorar.
II – DESENVOLVIMENTO
Sabemos que a educação no Brasil vive uma época de grandes desafios e inovações. A história tem mostrado que o ensino da Ciência vem sofrendo mudanças significativas no seu percurso.
Vimos em estudos que os mitos eram tomados como uma afirmação que foram sendo transmitidas de geração a geração para dar explicações acerca da origem do homem, do mundo e da vida. Esses mitos foram sendo passados às culturas, as religiões, ao imaginário, as relações de poder e do gênero apresentando a manipulação da emoção, da crença e dos dogmas do ser humano. Os professores que atuavam no