O Papalagui Erich Scheurmann
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Introdução
Erich Scheurmann
Jamais Tuiávii pretendeu editar para a Europa estas falas ou discursos; nem mandar imprimi-los de forma alguma, porque se destinavam, exclusivamente, aos seus compatriotas polinésios. Se, contudo, sem que ele o saiba e, decerto, contra a sua vontade, comunicaremos ao mundo europeu que lê as falas deste nativo, é porque estamos convencidos de que para nós, brancos instruídos, pode ser útil conhecer a forma como nos vê, a nós e a nossa cultura, um indivíduo estreitamente ligado à natureza. Com os olhos dele ficamos sabendo como nós mesmos somos, de um ponto de vista que nos é impossível assumir. Podemos, principalmente os fanáticos da civilização, achar que é ingênua a maneira como ele pensa; talvez pueril, ou mesmo tola. Mas aqueles que forem sensatos e humildes terão, ao refletir, de concordar com muito do que diz.Tuiávii; e terão de auto-criticar-se porque a sua sabedoria não provem da erudição mas da simplicidade que é divina.
Estas falas representam, por si, nada mais nada menos do que um apelo a todos os povos primitivos dos mares do Sul para que se libertem dos povos civilizados da Europa. Tuiávii, que despreza esta última, viveu na mais profunda certeza de que os seus antepassados indígenas haviam cometido o maior dos erros quando acolheram amávelmente as luzes da