O ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da ( má) qualidade do ensino
FREITAS, Luiz Carlos de, Eliminação adiada: O ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da ( má) qualidade do ensino. Vol 28. Campinas: outubro 2007.
Freitas inicia o artigo apontando que, diferente do que se esperava, quando se fala em avaliação, no governo de Luíz Inácio Lila da Sila, as políticas liberais da era FHC foram aprofundadas, resultando nas propostas liberais de “responsabilização” e de privatização do publico. Diante disso, o autor cita as palavras do atual presidente do INEP, Reginaldo Fernandes, mostrando como funcionam e quais os objetivos de tais propostas.
Em seguida, o autor analisa o formato do projeto liberal hegemônico, que admite a igualdade de acesso, mas não consegue conviver com a igualde de resultados, considerando que este é um dos principais motivos dos problemas que estamos na educação básica nacional, pois para que tal igualdade aconteça, seria necessário que os liberais admitam as desigualdades sociais que eles mesmos produzem na sociedade e que entram pela porta da escola. Sem essa admissão, a tão divulgada igualdade liberal, se limita ao acesso e ao combate dos índices de reprovação, fazendo com que haja nos dias de hoje uma grande quantidade de alunos provenientes das camadas populares vivendo a sua decadência dentro das escolas, pois sua eliminação destas, é adiada através de propagandas de recuperação, aceleração, etc, até o momento em que estejam fora das estatísticas de reprovação e podem ser eliminados definitivamente.
Segundo Freitas, as propostas de avaliações liberais trabalham na esperança de que responsabilizar a escola, expondo seus resultados (como é feito na Prova Brasil), melhorará a qualidade de ensino. Os liberais ainda propõem que após essa exposição, se transforme o serviço público em mercado, pois assim, a ação do mercado elevaria a qualidade do ensino. Nesta questão, o autor menciona as