ENSINO MEDIO INTEGRADO

ENSINO MÉDIO INTEGRADO: LIMITES, ANSEIOS E PERSPECTIVAS NO
CONTEXTO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Ubiratan Augusto Domingues Batista1 -UFPR
Agência Financiadora: CAPES

Resumo: O presente trabalho trata-se do recorte de uma dissertação de mestrado, o qual teve como objetivo central identificar os reflexos do documento base da Secretaria da Educação do Estado do Paraná SEED/PR no contexto educacional, apontando seus avanços e limites diante do cenário dual vivenciado pela educação. Para obter tal compreensão, analisamos a transição do Decreto 2.208/97 para o Decreto 5.154/04 apontando as mudanças que ocorreram no campo educacional no governo Lula e, por fim, os limites impostos pelo próprio
Estado capitalista que impedem a superação da dualidade estrutural no campo da educação. Entendemos que vontade política não garante a real aplicação de uma proposta crítica no contexto educacional, além do mais, o
Estado Capitalista não permitirá facilmente que ideias contrárias ao do sistema sejam difundidas em âmbito nacional – pois tais ideias acarretariam a tomada de consciência dos professores e, quiçá, da população diante das contradições existentes no próprio sistema.
Palavras-chave: Ensino Médio Integrado, dualidade estrutural, capitalismo.

Introdução

Ao analisar a estrutura organizacional do capitalismo e a influência que o mesmo exerce sobre a educação, observamos que o sistema solidifica a escola dualista, proporcionando os conhecimentos construídos historicamente a uma pequena parcela da população e relegando à grande massa dos trabalhadores um conhecimento fragmentado, com intuito de preparar o aluno para o mercado de trabalho alienado.
O Decreto 2.208/97 expressa os interesses do capital em formar profissionais de forma aligeirada e desarticulada com o Ensino Médio propedêutico. O perfil de profissional consistia no trabalhador flexível, autônomo, criativo e crítico para solucionar os possíveis problemas enfrentados pela empresa e que saiba relacionar-se em grupo.