O nome da rosa
Em pleno século XXI, ainda existem milhões de pessoas por todo o mundo que sofrem diariamente de discriminação e, consequentemente, muitas delas decidem migrar ilegalmente pois não suportam os maus tratos de que são vítimas. Uma sociedade que ainda defende ideias muito centradas no etnocentrismo, cultura que avalia as outras a partir de si própria pois, do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros. Implica a não aceitação de outras culturas tendo apenas a sua como referência e julgando assim os outros indivíduos, grupos e valores. Uma visão “egoísta” que apenas pode levar a consequências preocupantes como o choque entre culturas e a segregação, ou seja, ao tratamento desigual e injusto dado a uma pessoa ou grupo, com base em preconceitos de alguma ordem (discriminação).
Na nossa opinião, uma pessoa independentemente da sua religião, cor, sexo, idade ou orientação sexual deve poder viver no seu local de origem, livre de preconceitos. Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitmamente exigir a satisfação dos direitos económicos sociais e culturais indispensáveis (…) (Artigo nº 22); toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego (…) (Artigo nº 23) e toda a pessoa tem direito à educação (…) (Artigo nº26). Posto isto, o racismo acaba por não ser manifestado apenas a nível pessoal, mas também institucional, sempre que alguma organização limita a igualdade de acesso a bens sociais fundamentais, como a educação, o emprego ou a habitação, baseada na pertença a uma certa etnia ou grupo racial – fato que pode levar esses indivíduos a uma migração forçada.
Segundo J. Rawls, autor que confia nas capacidades racionais do Homem para resolver os dilemas