O nome da rosa
Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges têm acesso às publicações sacras e profanas. A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do tribunal da Santa Inquisição.
Desde o princípio, o ar que respiramos é o de um mosteiro encravado numa montanha, controlado pelos Beneditinos e que recebe a ilustre visita de monges Franciscanos.
A Regra de S. Bento foi formulada quando este era abade de Monte Cassino (no Sul de Itália), abadia fundada em 529 e que continua a ser um dos grandes mosteiros do Mundo. S. Bento foi o seu primeiro abade, e foi ele quem estabeleceu o modelo de auto-suficiência advogado pelas primitivas regras monásticas - dependência total dos próprios campos e oficinas que orientou durante séculos os mosteiros da cristandade ocidental.
A atmosfera sombria da localidade, o aspecto doentio de muitos dos frades que aparecem no decorrer da história, o tom escuro de muitas das sequências (efeito propositadamente trabalhado pelo competente director Jean-Jacques Annaud, do post já escrito sobre “A Guerra do Fogo"), a rejeição de conceitos considerados avançados por parte da grande maioria dos monges que circulam no mosteiro e a presença destacada da Inquisição a partir da metade do filme - tudo isto revela-nos um pouco do que foi a Idade Média.
Uma das maiores qualidades do filme está na reprodução da época, com a equipa de Annaud a ser assessorada pelo eminente historiador francês Jacques Le Goff, o que confere ao filme maior credibilidade no que se refere à utilização do mesmo como recurso didáctico.
O figurino, os cenários(o filme foi feito num autêntico mosteiro medieval), o ambiente, as músicas, os objetos disponibilizados e mesmo a