Trabalho e escola
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE – IFRN
Curso de Pós Graduação Latu Sensu em educação Ambiental e Geografia do Semiárido, numa abordagem Interdisciplinar
Polo de Luís Gomes – RN
ALUNOS:
LEANDRO TRAJANO SANTANA
MARIA DO SOCORRO SANTANA
ATIVIDADE AVALIATIVA
Como vimos no embasamento teórico, o capitalismo vem moldando a sociedade ao longo da sua existência, desde a Revolução Industrial. E nós, sociedade, somos, rotineiramente, sugados para dentro dessa doutrina econômica e desumana.
Sem que percebamos, vendemos nossa mão de obra, seja no setor educacional ou industrial, em troca de salários que, na maioria das vezes, não condizem com o “real valor” atribuído à mercadoria (no contexto dessa discussão acredito que a educação possa ser equiparada a uma mercadoria, do ponto de vista meramente capitalista) resultante no nosso trabalho. O resultado é uma vida pessoal e profissional frustrada em decorrência do estresse advindo das intensas jornadas de trabalho que nos submetemos, porque, caso contrário, somos obrigados a passar por necessidades de vários gêneros, já que no capitalismo o consumo é uma necessidade.
E o processo educativo, como fica diante de tudo isso? Ao discutir educação e capitalismo sempre me vem à memória o que diz Frigotto (1986): a escola, em meio aos dilemas do capitalismo enfrenta um processo antitético, pois se de um lado não produz, como a indústria, uma mercadoria física que resulte ligeiramente em lucro, por outro, produz mão de obra qualificada para manter as linhas de produção capitalistas cada vez mais fortes e produtoras de mais valia.
Nessa perspectiva, a escola perde a essência do seu papel social que de modo grotesco pode ser entendido como “formar para a cidadania”. Aliás, como afirma Althusser (1985), a escola é um dos mais importantes aparelhos ideológicos do Estado, detentora de um grande potencial alienador, e se, às vezes até despercebido,