O neguebe sob dominação egípcia
O sistema mundial no Mediterrâneo atinge a máxima expressão durante o período final da Idade do Bronze. As relações de comércio entre as regiões centrais e periféricas atingem o ápice. O Egito mantém relações com a periferia Palestina e Síria, região posteriormente denominada de Cananéia. Tal relação não foi monolítica. As fontes de renda imperiais tradicionais eram constituídas por saques, tributos (imposto regular) impostos (pagos dentro do sistema redistributivo), bens de prestígio (trocas de “presentes” entre faraós e reis vassalos) e comércio. A partir da XIX Dinastia (1300 a.C.) o Egito, com seu modelo de dominação, interferiu mais na exploração direta dos recursos da Palestina.
1. O imperialismo egípcio
Com a expulsão dos Hicsos em 1530 a.C., os Faraós da XVIII Dinastia realizaram campanhas na região Cananéia. As campanhas militares de Tutmosis III e Amenofis II tiveram como objetivo, a manutenção da hegemonia política egípcia, diante de revoltas locais e crescente poder do reino de Mitanni. Neste período, a hegemonia política egípcia prevaleceu.
O modelo de administração adotado na região Cananéia foi a cidade-Estado, governadas por reis vassalos, que deveriam reconhecer a máxima autoridade do Faraó. Deviam contribuir com a manutenção do equilíbrio e interesses do reino.
Com a ascensão das Dinastias XIX e XX, houve um grande fluxo migratório de pessoal militar e administrativo para a região, devido a ameaças externas que colocavam em risco a hegemonia egípcia. Perturbações crescentes provocadas por hititas e grupos nômades levaram os egípcios a manter um maior número de tropas na Palestina.
2. Dominação econômica egípcia no Levante
Na sociedade Cananéia, existia uma nítida distinção entre zonas urbanas e agrícolas. Nas áreas urbanas, as principais características eram a especialização econômica no setor administrativo, artesanal e comercial, enquanto o interior dedicava-se a produção agrícola. Os territórios da