O negro e sua luta contra a opressão no es
No ano de 1849, no período Imperial do Brasil, o escravo negro no Espírito Santo era usado na produção agrícola. Os grandes fazendeiros usavam a mão de obra escrava para trabalhar, principalmente nas lavouras de cana-de-açúcar, café e milho.
Eram humilhados e submetidos a castigos cruéis e desumanos, ansiando por liberdade, em condições onde fugas, aquilombamentos e revoltas eram constantes.Além trabalharem muito eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil
Colônia.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos como cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite.
LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO.
INSURREIÇÃO DO QUEIMADO
No Estado do Espírito Santo, destacamos Benedito Méia Légua, que desafiou as autoridades do Norte do Estado, junto a outros, davam fugas a negros nas fazendas, deixando o sistema abalado. Ainda no
ES, destacamos Elisiário, Chico Prego, João da Viúva Monteiro e João Pequeno.
A antiga freguesia de São José do Queimado, que pertencia a Comarca de Vitória, no dia 19 de março de 1849, foi palco de uma Insurreição de negros escravos, a Revolta do Queimado. Uma negociação pela liberdade, que teria sido firmada oralmente, envolvendo um Frei Italiano, Gregório José Maria de
Bene e os escravos.
Um acordo pela libertação em troca de préstimos na construção de uma Igreja Católica e o impasse causado pelo padre, que não teria cumprido suas promessas, acabou resultando em ação violenta por parte dos escravos e uma cruel e sanguinária repressão por parte das forças legalistas, culminando na prisão, em fuga da cadeia, em açoites de 200 a 1.000 chibatadas em vários negros e enforcamento de dois dos líderes da Revolta.
Nos dias atuais sabe-se historicamente que a Insurreição do Queimado, na verdade foi um audacioso plano de libertação,